segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

O que fica do que passa

Lamento não lamentar a morte de alguém que não me diz nada e que nada significa para mim. Era excepcional no que melhor sabia fazer, mas isso é tão somente aquilo que todos , mais ou menos geniais, tentamos fazer e ser.  Lamento não me comover, apesar de me sentir magoada. É inevitável , nestas alturas, não me recordar do homem que meu avô foi e o que fez por este país e lamento que, quando faleceu, as honras militares tenham sido uma tristeza e uma vergonha. Um simples, mas demasiado simbólico momento, como o pegar na bandeira, dobrá-la e entregá-la aos familiares foi uma confusão demasiado mal preparada para a solenidade da ocasião. Lamento a falta de cuidados, a desorganização ,a inexperiência daqueles que supostamente são treinados para (também) estas ocasiões. Seriam só alguns minutos, que deveriam ter representado com honra e dignidade tudo aquilo que ele dedicou à sua vida, família e pátria. O meu avô sim, foi um herói e mesmo que isso não signifique nada para ninguém, significa tudo para mim.

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