segunda-feira, 22 de julho de 2013

I appear missing



A expressão "acho que morri e fui até ao céu" é completamente disparatada e de algum modo pode ser dita quando queres expressar algo de maravilhoso e miraculoso que te aconteceu. Não existe céu nem inferno depois da morte, mas existem sim em vida. A morte é mesmo O fim. A não se que eu fosse francesa e designasse um orgasmo " la petite mort" . Mas comecemos pelo princípio que tudo isto tem um sentido. Queria muito ir assistir a um concerto no sábado passado inserido no festival SBSR, mas com os bilhetes a preços muito pouco acessíveis a quem anda a contar os tostões já me começava a conformar com a possibilidade de assistir no conforto de casa sentada no sofá. Não sou propriamente fanática, mas algo me puxava para a dita herdade do cabeço da flauta e depois de muitas tentativas e alguns "golpes baixos",utilizando mesmo a minha filha e o seu ar angelical a ver se comovia corações mais moles, foi mesmo uma sucessão de acontecimentos que levou com que um estranho partilhasse comigo a sua pulseira que fez com que eu me metesse sozinha na mota e fizesse 35 km até ao lugar onde realmente eu tinha que estar. Nem que tivesse sido encostada à vedação ou  subir a um pinheiro. Não foi preciso e acabei por ficar onde tinha que estar, na primeira fila, encostada à grade e a vibrar como se fosse uma rookie. poucos devem entender aquilo que vou dizer agora mas na realidade o som dos QOTSA desde há muito que me provoca uma estranha sensação de adrenalina com rasgos de borboletas na barriga e coceginhas nas entranhas, vá , a palavra certa para descrever é orgásmica - metade orgasmo e metade cósmica, no sentido de meio que inexplicável. É pesada e doce ao mesmo tempo. Ok agora podem-me chamar de maluca, mas na realidade aquilo que senti sábado à noite, foi extra-sensorial e mágico e atenção que eu não tomo nenhum tipo de drogas . Agora tenho a certeza que aquele foi o sítio, a hora e o único lugar onde tinha mesmo que estar ... Não morri e fui até ao céu, mas renasci a cada música e sim chorei, dancei, saltei, gritei, assobiei e deixei-me ir. Renasci , foi isso... pior é o corpo que já leva um pouco mais de tempo a recuperar. Já passaram dois dia e o concerto ainda ecoa nos meus ouvidos ! Deduzo que esta conversa não interesse a ninguém, mas tal qual uma adolescente excitada e a irradiar de felicidade,  senti esta necessidade de gritar ( tivesse eu outra idade e pendurava a capa do ípsilon de sexta passada, na parede ao lado da minha cama). Agora desculpem-me mas vou ali deitar-me na cama e suspirar....

Everyone it seems
Has somewhere to go
And the faster the world spins
The shorter the lights will glow
And I’m swimming in the light
Chasing down the moon
Deeper in the water
The more I long for you

Most of what you see my dear is purely for show
Because not everything that goes around comes back around you know
Holding on too long is just fear of letting go
Because not everything that goes around comes back around you know
One thing that is clear it’s all down hill from here

Love in your hand clevarly disguised
All the promises of stone crumble in the light

Most of what you see my dear
Is worth letting go
Because not everything that goes around comes back around you know
Holding on too long is just
Fear of wanting to show
Because not everything that goes around comes back around you know
Not everything that goes around comes back around you know
One thing that is clear
It’s all down hill from here

2 comentários:

  1. ui sei bem o que isso é ... sinto o mesmo pela Dave Matthews Band ... e sim, também tenho quase 40 anos mas WTF ;)

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  2. :-) eh eh eh, maravilha! n sinto essa paixão pelos qotsa mas como melómana sei perfeitamente o que sentes! ah a música é tão maravilhosa!!! viva! ainda bem que conseguiste!

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